Brasileira é superada por Gillian Robertson e encerra carreira no octógono após 15 lutas no UFC; canadense segue em ascensão com quatro vitórias seguidas
A noite do UFC Des Moines marcou o fim de uma era para o MMA brasileiro. Marina Rodriguez, uma das principais representantes do país no peso-palha (52 kg), anunciou sua aposentadoria após ser derrotada por nocaute técnico no segundo round contra a canadense Gillian Robertson.
“É hora de seguir um novo caminho”
A gaúcha, de 38 anos, não havia confirmado publicamente seus planos antes da luta, mas o revés pareceu selar sua decisão. Em suas redes sociais, ela agradeceu aos fãs e refletiu sobre sua trajetória:
“Tudo tem seu tempo. Hoje encerro um ciclo com gratidão por cada ensinamento, cada apoio e cada desafio. O MMA me deu lutas incríveis, mas agora é hora de seguir um novo caminho.”
Com o resultado, Marina encerra sua passagem pelo UFC com um cartel de 7 vitórias, 6 derrotas e 2 empates, incluindo triunfos notáveis sobre Mackenzie Dern e Amanda Ribas. Apesar de ter ocupado o top 10 da divisão por anos, a brasileira vinha em uma sequência difícil: 5 derrotas nas últimas 6 lutas.
A Luta: Robertson domina no solo e força parada
- 1º Round: Marina começou buscando o striking à distância, mas Robertson rapidamente levou a luta para o solo. A canadense controlou a posição, tentou um katagatame e partiu para o ground and pound, deixando a brasileira pressionada e com o rosto inchado.
- 2º Round: Robertson aplicou um single leg preciso, derrubou Marina e, mesmo com uma tentativa de guilhotina da brasileira, conseguiu escapar. Montada, desferiu socos pesados até o árbitro interromper o combate aos 2:19.
O Legado de Marina Rodriguez
A brasileira deixa o UFC como uma das atletas mais respeitadas do peso-palha, conhecida por seu jogo de pé técnico e coragem contra adversárias de elite. Entre seus destaques:
Vitórias sobre Mackenzie Dern (2022) e Amanda Ribas (2021).
Lutas épicas contra Yan Xiaonan (empate em 2021) e Carla Esparza (derrota apertada em 2022).
Rankeada no top 10 por mais de três anos consecutivos.
Robertson consolida ascensão
A canadense, que era a 12ª colocada no ranking, agora soma quatro vitórias seguidas e deve entrar no top 10. Pós-luta, ela declarou:
“Marina é uma guerreira, mas eu sabia que no solo eu dominaria. Quero lutar contra as top 5 agora.”
O que vem pela frente?
Enquanto Robertson mira o alto da divisão, Marina Rodriguez encerra sua carreira com a cabeça erguida, deixando um legado de respeito e determinação. Seu anúncio se soma a uma fase de transição para os brasileiros no UFC, que já viram Poatan, Figueiredo e Moicano perderem em lutas principais em 2025.
Você acha que Marina poderia continuar ou fez a escolha certa em se aposentar? Comente!