Ahmad Hassanzada é preso por violência sexual contra menor antes de estreia no UFC; luta é cancelada

*Lutador afegão, que havia conquistado contrato com a organização, está detido nos EUA com fiança de US$ 400 mil; primeira audiência ocorre nesta segunda-feira (22).*

Sacramento, EUA – O afegão Ahmad Hassanzada, que faria sua estreia no UFC no próximo sábado (27), em Kansas City, foi preso na última sexta-feira (19) em Sacramento, Califórnia, acusado de violência sexual contra uma menor de 14 anos. O caso, confirmado pelo Departamento de Polícia local à Ag Fight, levou ao cancelamento imediato de sua luta contra Evan Elder, com o UFC escalando Gage Young como substituto.

Os detalhes da acusação

De acordo com o boletim de ocorrência, Hassanzada, de 27 anos, é acusado de “praticar ato obsceno com uma vítima menor de 14 anos”, com agravante por a vítima ser mais de dez anos mais nova que ele. Inicialmente, o lutador foi preso sem direito a fiança, mas o valor foi posteriormente fixado em US400mil (cerca de 2,1 milhões reias).

Atualmente detido no Sacramento County Main Jail, Hassanzada terá sua primeira audiência nesta segunda-feira (22), às 15h (horário local). Se condenado, ele pode enfrentar anos de prisão, já que crimes sexuais contra menores nos EUA costumam ter penas duras, incluindo registro como sex offender (agressor sexual).

Impacto imediato no UFC

A notícia pegou o mundo do MMA de surpresa, já que Hassanzada havia conquistado seu contrato com o UFC em 2024 após vencer no Dana White’s Contender Series. Sua estreia estava marcada para o UFC Fight Night: Lewis vs. Nascimento, mas a organização agiu rapidamente e o substituiu.

O UFC tem histórico de cortar lutadores envolvidos em crimes graves, como no caso de Abdulmanap Nurmagomedov (não relacionado a Khabib), acusado de assédio sexual em 2021, e Antonio Silva, preso por agressão em 2022. Se Hassanzada for condenado, é quase certo que será liberado pela empresa.

Silêncio da equipe e futuro incerto

Até o momento, nem Hassanzada, nem seu time, o Team Alpha Male (famosa academia de Sacramento, que já teve nomes como Urijah Faber e Cody Garbrandt), se manifestaram sobre o caso.

Enquanto a Justiça americana decide seu futuro, o destino de Hassanzada no MMA parece sombrio. Se condenado, além da prisão, ele dificilmente será aceito em qualquer grande promoção de luta.

Próximos passos:

  • Audiência preliminar (22/04) definirá os trâmites do processo.
  • UFC deve se pronunciar após a conclusão do caso.
  • Team Alpha Male pode cortar relações com o atleta, dependendo do desfecho jurídico.

O caso ainda está em desenvolvimento, e novas informações devem surgir nos próximos dias.

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