Os últimos dias de Henry Cejudo, ex-campeão duplo do UFC, têm sido marcados por eventos intensos — longe dos holofotes do octógono. Após um ato de coragem ao intervir em um acidente de trânsito em Phoenix (EUA), onde ajudou a deter um motorista fugitivo que colidiu contra o muro de uma residência, Cejudo enfrentou uma situação surreal: na madrugada de 8 de abril (2025), um ladrão invadiu seu estúdio e roubou seu primeiro cinturão do UFC, por volta das 4h45.
O Roubo: Detalhes Surpreendentes
Dylan Rush, produtor de Cejudo, relatou o incidente em seu Instagram. Ele dormia no sofá do estúdio quando acordou com a presença do invasor. No escuro, Rush confundiu-o inicialmente com o próprio lutador. O criminoso permaneceu imóvel por dois minutos, até que o barulho de uma prateleira caindo revelou a invasão. “O cara saiu correndo”, descreveu Rush, destacando a rapidez do ocorrido.
A Sombra da Aposentadoria
Enquanto lida com o prejuízo simbólico do roubo, Cejudo enfrenta uma decisão mais profunda: o possível fim de sua carreira no MMA. Em entrevista ao MMA Junkie, o lutador de 38 anos admitiu que a lesão ocular sofrida durante sua derrota para Song Yadong, em fevereiro, ainda o afeta. Ele sofre de visão dupla ao olhar para baixo ou deitar, sintomas semelhantes aos que levaram o “Korean Zombie” (Chan Sung Jung) à aposentadoria.
Cejudo, conhecido como “Triple C” (por seus títulos no UFC e medalha olímpica), revelou seu dilema: “Quero brincar com meus filhos, não perder um olho”. Apesar do desejo de uma última luta — possivelmente uma revanche contra Yadong —, sua prioridade agora é a saúde.
Entre atos heroicos, revés policial e incertezas sobre seu futuro no esporte, Cejudo vive um momento de transição. Seu cinturão roubado simboliza não apenas uma perda material, mas também a fragilidade de uma carreira construída com conquistas extraordinárias.