O brasileiro Douglas Silva de Andrade, lutador do UFC na categoria peso-galo (61 kg), foi suspenso por seis meses após testar positivo para furosemida, um diurético proibido pela Combat Sports Anti-Doping (CSAD). O resultado do exame, realizado em 14 de fevereiro, só foi comunicado ao UFC após a pesagem do UFC Vegas 103, obrigando a organização a retirá-lo do card em cima da hora, sem explicações prévias.
Contaminação por suplemento
Em sua defesa, Douglas alegou que ingeriu um suplemento contaminado com a substância proibida. O produto, analisado em laboratório a pedido do atleta, não indicava a presença de furosemida em sua composição, mas exames confirmaram a contaminação. Por não ter histórico de doping, o paraense recebeu uma punição reduzida de seis meses, retroativos à data de sua retirada do evento (fevereiro). Assim, ele estará liberado para lutar novamente a partir de 28 de agosto.
Futuro incerto no UFC
Com quase 40 anos, Douglas Silva vive um momento delicado em sua carreira. A suspensão pode complicar sua permanência no UFC, que recentemente encerrou a parceria com a USADA (Agência Antidoping dos EUA) e agora opera com o CSAD para fiscalização de substâncias proibidas.
O veterano, que iria enfrentar John Castañeda no evento, agora aguarda para saber se será recontratado pelo UFC ou se precisará buscar oportunidades em outras promoções de MMA.
Enquanto isso, o caso reacende o debate sobre a falta de controle na indústria de suplementos e os riscos que atletas enfrentam com produtos contaminados.
